quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

História das famílias Kloppenburg e Macke e da Comunidade Trigolândia que adotaram segundo depoimentos de Paulo João José Kloppenburg e compilado pela Profª Maria Mônica Macke Schierholt e transcrito por Lourenço Macke.

                                 

                                                História contada por Paulo Kloppenburg

Paulo Kloppenburg nasceu em 02 de julho de 1918, em Vechta, província ou estado de Oldenburg ao norte da Alemanha. Fica perto da Holanda por isso o nosso dialeto é o dialeto holandez. Quando o Paulo nasceu, foi logo após a guerra que terminou em maio ou novembro, o avô Bernardo era prisioneiro de guerra da Rússia mas se encontravam na Áustria nas parias de um lago que media uns 40 km e separa a Áustria e a Alemanha. Num inverno muito rigoroso, em fevereiro, as águas do lago congelaram e os prisioneiros, de madrugada, fugiram a pé, correndo, chegando sãos e salvos e livres na sua Pátria. Assim o Bernardo veio a conhecer o filho só 6 meses após o nascimento. Bernardo Kloppenburg nascido em 26/01/1882 e casou-se em 25/02/1907 e falecido em 23/05/1968 no Brasil. Casou com Josephine Westerkamp nascida em 12-01-1888 e faleceu no dia 08/04/1973, filha de Franz Westerkamp e de Maria Damman Westerkamp e moravam em Stukenborg e possuíam uma área de terras de 100 hectares. Foi ai que a esposa de Bernardo ficou no período a guerra. Já tiham 4 filhos antes de começar a I Guerra Mundial: o Francisquinho, nascido em 1908, pai do Beno e do Vereador Léo. A Maria, casada com José Macke, nascida em 1910, mãe de Lourenço Macke. A Agnes, nascida em 1911. O Anton nascido em 1911 e falecido em 1914. A Karla nascida em 1916, durante a guerra. O Paulo nascido em 02/06/1918, já no fim da guerra, pai de P. Alex e Luiz Paulo. Nasceram mais na Alemanha: O Joseph (Dom Boaventura),nascido em 02/11/1919, a Hedwig em 1921, o August em 1922(falecido em 1923). No Brasil nasceram mais três filhas: Josephine em 1926, a Alma em 1927, a Theresia nascida em 1929. Pelo relato de Paulo à Maria Mônica, o Bernardo voltou da guerra cheio de muquiranas, percevejos e piolhos, magro e esgotado. Bernardo, conforme o livro da família era o mais moço e perdeu a mãe com a idade de 1 ano e meio e o pai com 4 anos e meio. Os irmãos venderam a propriedade e ai o Bernardo teve que arrendar uma empresa de alimentos e construir ao mesmo tempo um moinho a motor, uma padaria de pão integral, um comércio de cevada e um comércio de produtos coloniais. Montou uma pequena usina com um motor de 30HP onde fornecia energia elétrica para a pequena vila. Tudo isto ele perdeu durante a guerra, pois o maquinário havia enferrujado e entrara um novo concorrente no negócio passando tudo em arrendamento para outra pessoa. Por sua vez ele pegou em arrendamento, um outro moinho e uma propriedade de 5 hectares e criava porcos. Quando a moeda se estabilizou ele vendeu tudo e resolveu imigrar para o Brasil em 1924. Quer dizer que em 6 anos o governo conseguiu se reerguer e o Hitler já estava se preparando para uma nova guerra. A esposa Josefina foi acometida com uma tuberculose e o filho August nasceu com o problema e fraco, acabou falecendo. Chegando no Brasil ela curou-se da doença. A família embarcou num navio de luxo Sierra Nevada no dia 17 de maio de 1924 quase toda a família enjoou na viagem menos Paulo e o pai Bernardo. De Rio de Janeiro à Porto Alegre vieram num navio costeiro. De Porto Alegre à Taquara foram de trem e de Taquara à Rolante com uma carroça puxada por 7 burros numa extensão de 25Km. A família ficou frustrada ao chegar em Rolante pois havia muito morro e pedras. Haviam resolvido vir para Rolante, porque o padre Jorge Anekem havia intermediado a imigração pois era patrício e já residia em Rolante. O clima era muito quente e a família não gostou das terras, do relevo. Tudo era diferente. Comprou uma colônia com 25 hectares de terras férteis e já agricultável e com uma boa casa de material. Com a vinda de Francisco e José Macke para o Rio Negro em 1929, a família Kloppenburg resolveu novamente imigrar e desta vez se estabelecer em Rio Negro onde adquiriram uma propriedade com 58hectares de terras onduladas, sem pedras e agricultáveis. Chegaram aqui no dia 15/01/1932. Hoje a propriedade é de Luiz Paulo e Ana Elisa Kloppengurg. As plantações em Rolante eram: milho, cana-de-açúcar, feijão, soja, mandioca, amendoim e fumo, entre outros, o que não existia na Alemanha. Aqui em Rio Negro puderam cultivar trigo, aveia e cevada e também lavouras de milho como na Alemanha. O maior problema era a comercialização da produção pois Bagé consumia muito pouco por isso era preciso criar uma cooperativa que aconteceu no ano de 1946, organizada por Francisco Kloppenburg e mais 20 produtores. Francisco foi gerente durante 25 anos. Outro problema era a escola. Como haviam apenas 4 famílias católicas de imigrantes alemãs: Bernardo e Francisco Kloppenburg, José Macke e Guilherme Schierholt(os dois últimos genros de Bernardo) e os outros descendentes alemães eram evangélicos pomeranos, só em 1934 foi possível organizar uma escola-capela com moradores que já antes haviam aqui se estabelecido. A escola começou com 30 alunos sob a liderança de Prof. Reinaldo Bohn de Estrela. Hoje, em 2011 temos aqui a Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Lucas de Oliveira com 250 alunos. A religiosidade das 4 famílias era tão intensa que a cada mês ou 2 meses iam de carroça puxada por 2 cavalos a Bagé, saindo aos sábados a meia-noite em jejum para assistirem a missa e comungar. Isto é ser católico fervoroso, praticante. Claro levavam ovos, manteiga e outros produtos coloniais e assim compravam mantimentos e tecidos. Segundo relato de Paulo Kloppenburg a vida dos imigrantes era muito difícil no Brasil pois não tinham nenhuma assistência. José Macke veio em 29-06-1926 para o casamento do irmão Bernardo que tinha vindo em 1924 e na ocasião ele também ficou aqui e juntos montaram uma olaria em Rolante. Porém se desentenderam e o negócio não deu certo. Bernardo montou um comércio e por ocasião da emancipação de Rolante em 1955, ele era um dos mais ricos do município. José Macke veio para o Rio Negro em 1929 e por ocasião do seu casamento em 03/09/1930 veio um outro irmão, o Henrique Macke que também se estabeleceu em Rio Negro, mas na década de 1950 mudou-se para Cruz Alta. Francisco e José Macke vieram trabalhar de tratorista com o Sr. Wilhelm Blai em 300 hectares de terra. Em 1931 trabalhou na mina de carvão como tratorista e mecânico e conforme o Sr. Luiz Peres Alves, o José Macke era o único que entendia de mecânica. Em 1935 comprava seu primeiro lote de terra financiado por August Graf. Com a aquisição de 3 lotes conquistou 117 hec. Foi um dos primeiros na mecanização de lavoura completando uma trilhadeira corta e trilha rebocada CASE em 1945 e no ano seguinte comprou um trator de unha com 43 HP. Só não prosperou mais porque a esposa Maria tinha muito medo de endividamento. Conforme Paulo, José Macke só podia se casar depois que a Maria completasse 20 anos de idade pois antes os pais não deixavam casar. O primeiro filho, Pe. José Macke nasceu em 29/09/1931 em Rolante, pois aqui não havia condições, como parteiras ou hospital. José Macke depois de trabalhar de tratorista foi empregado nas minas de carvão e mais tarde comprou 3 lotes de uma mesma área com dinheiro emprestado por August Graf chegando a uma área de 117 hec. Diz o Paulo que lá pelo ano de 1940, foi um ano de muito progresso e que José conquistara muitas coisas em um ano de colheita e quitando sua dívida com empréstimos sob hipoteca. Em 1950 Bernardo Kloppenburg achou melhor retornar a Rolante, pois havia mais recursos, bastou dizer que a Vila se emancipou em 1955 e atraiu diversas fábricas de calçados. A notícia do retorno de Bernando à Rolante deixou a Maria, casada com José Macke e filha de Bernardo muito chocada e teve um parto prematuro de 7 meses em 06/05/1950. Antes, porém, aconteceu um fato marcante em janeiro de 1950 quando o Carlos com 10 anos caiu de uma árvore de 8 metros de altura e quebrou o braço. Foi arte de criança, para melar um ninho de camatim. Levaram-no para Bagé onde tiraram um pedaço de osso. Depois o levaram para Rio Grande e fizeram de tudo para salvá-lo. Na ocasião gastaram muito dinheiro. O Francisco e José Macke (cunhados) brigavam muito, mas em assuntos comunitários e coletivos faziam as pazes. José Macke o apoiava em todas as iniciativas, como nos 20 anos que Francisco foi gerente da Cooperativa Assis Brasil, na comunidade Cristo Rei, na fundação da FAG (Frente Agrária Gaúcha) onde João T. Ham foi o presidente e Lourenço Macke-secretário. A FAG foi a precursora do STRs também iniciativa de Francisco Kloppenburg, como foi também na fundação da Cooperativa de Eletrificação Rio Negro, que mais tarde com a fusão da Cooperativa de Eletrificação da Colônia Nova formou a Coopersul. A seguir o Paulo diz que teve um fato marcante e interessante na história da família. Os 4 padres da família nasceram na casa de Bernardo Kloppenburg: O Frei BoaVentura nasceu na Alemanha na casa de Bernardo. O Pe. José Macke nasceu em Rolante na casa do avô. O Pe. José Alfredo Schierholt nasceu aqui nas terras do avô. O Pe. Alex Kloppenburg também nasceu na casa e nas terras que foram do avô. Os 4 padres rezaram a primeira missa festiva aqui na Trigolândia. O Frei Boaventura comemorou os 60 anos de sacerdócio em janeiro de 2006. Foi ordenado em 06/01/1946. Celebrou a primeira missa em 13/01/1946. O Pe. José Macke foi ordenado em 30/11/1957 e celebrou a primeira missa de 01/12/1957. O ex-Pe. José Schierholt foi ordenado em 20/12/1961 e a primeira missa rezada em 01/01/1962. O Pe. Alex Kloppenburg foi ordenado em 16/12/1978 e rezou a primeira missa em 17/12/1978, na Trigolândia. Em 1938 foram realizadas as primeiras missões populares na Trigolândia e o Frei pediu que fosse confeccionada uma cruz que é um símbolo das missões. A referida cruz foi feita por José Macke, que também fez as letras que foram esculpidas por Carlos Baier. Hoje a cruz é considerada como um patrimônio histórico. Nessas missões aconteceu o batizado de Lourenço Macke. Cabe aqui a história negativada referente a cruz. Francisco Krenzinger e mais alguns amigos tiveram fechada a Escola da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana do Brasil ( IECLB) por Getúlio Vargas e eles passaram a frequentar a Escola Capela São Francisco de Assis da Fundação Sociedade União, sendo fundadores Bernardo Kloppenburg, José Macke, Francisco Kloppenburg e o professor Reinaldo Pedro Bohn, que viera de Estrela e voltou 2 anos depois. A diretoria era composta por: Presidente:Augusto Martin. Secretário: Francisco Kloppenburg e Tesoureiro: Brunélio Soares. Começou com 120 sócios. Essa escola foi fundada em 1934. As aulas começaram em abril e o terreno foi doado pelo Sr. Adeodato Dutra. Os outros dois lotes foram comprados, sendo um para o Cemitério. Alias vale a pena copiar um trecho do livro “Cinqüentenário dos Capuchinhos em Bagé” do Frei Mário Ernesto Barp em Memórias de Frei Mário. ( página 30).

Inauguração da Escola-capela Rio negro, Trigolândia em 1934 após a missa


Comunidade São Francisco
“No interior da campanha, em Trigolândia, Colônia Hulha Negra, a 30 Km de Bagé, Frei Celestino, no mesmo período, fundou a comunidade entre os Colonos Católicos, dedicada a São Francisco de Assis. Escriturou dois terrenos à Mitra Diocesana para a construção da Capela. Implantou uma bela comunidade formada com as famílias católicas da área, entre as quais destacamos a família Bernardo Kloppenburg, a família José Macke, a família Francisco Kloppenburg, a família Irineu Souto e outros.. As missas, por longos anos, eram celebradas na Escola Municipal. Mais tarde foi construída a Capela, tendo sido sede de Paróquia da Hulha Negra.” Conforme Paulo Kloppenburg em 1943 foi separado a Escola da Comunidade Católica e a escola passou a ser uma Escola Estadual tendo como a primeira diretora e professora a Helena Petrucci. Em 1954 construíram a atual Capela de madeira que também será um prédio histórico e museu, em 25/10/1959 se formou a Paróquia Cristo Rei com sede em Trigolândia que depois da primeira Emancipação (que foi abordada) a sede da Paróquia passou sendo a Igreja Matriz São José de Hulha Negra na Sede do Município que acabou não sendo. A Sede da paróquia passou para sede do município no dia 10/04/1967.

Outros dados interessantes.

Estátuas: A estátua de São Francisco de Assis foi uma doação das irmãs franciscanas da Santa Casa de Misericórdia de Bagé em 1935. A estátua de Nossa Senhora de Fátima foi uma doação de Cecília Lange casada com Augusto Lange na década de 1950. A estátua de São José que foi uma doação de José Macke e que foi quebrada mais tarde por isso não existe mais. A estátua de Cristo Rei que foi uma doação de Zita Kloppenburg, casada com Paulo João José Kloppenburg. Em 02/08/1959 foi escolhido Cristo Rei como Padroeiro. Diz a Ana Elisa Kloppenburg que era para ser Sagrado Coração de Jesus mas como a Comunidade de Dario Lassance tinham o mesmo Padroeiro a nossa Comunidade ficou com Cristo Rei. A gruta foi construída em 1964 por um grupo de mães da comunidade. O Sino comprado em 1957 e inaugurado em 04/10/1957 foi comprado por Lourenço Koester e Francisco Kloppenburg. No dia da inauguração foi leiloado o padrinho que ficou sendo o João de Deus Soares (o Lolô) ele teve o direito de tocar a primeira vez o sino. E a madrinha foi Erna Langmante Langer. A via Sacra foi uma doação anônima de um estanceiro de Dom Pedrito(conforme Pe. Macke). Os bancos da igreja foi uma doação de João Furich em 1960 e que foram confeccionados por Rene Freimüller e Godofredo Freimüller. Aliás Rene, que veio de Rolante, foi o primeiro presidente da Caixa ou antiga Cooperativa Crédito em Rolante. O harmônico foi uma doação de Pedro Han no início do ano 1960 e era tocado por Godofredo Freimüller. A casa paroquial foi comprada de Pedro por José Macke e Ancelmo Grunwald. O primeiro presépio foi doado por Zita Kloppenburg na década de 1950. As primeiras bolinhas doadas por Zita, Maria Macke e Ida Kloppenburg foram emprestadas para a Comunidade São José-Hulha Negra e no final da missa, as pessoas levaram as bolinhas para lembrança. Então a dona Zita chorou amargamente. O crucifixo de madeira foi um presente de casamento de José e Maria Macke. O presente que é de madeira da espécie carvalho e foi uma doação dos Kloppenburg da Alemanha e trazido por Henrique Macke que veio prestigiar o casamento do irmão José e ficou no Brasil. Os parentes estão radicados em Cruz Alta. A dona Maria Macke achou que a relíquia ficaria melhor guardada na capela Cristo Rei por isso fez a doação para a comunidade.                

O Salão de Festas
Numa das festas da comunidade Cristo Rei foi realizada a colocação da pedra fundamental para daí começar a construção de Salão de Festas. Todos os anos, para a realização da festa, tínhamos que montar toda a infraestrutura como mesas, bancos, copa e o que dava mais trabalho a ramada para abrigar aos que participavam da mesma. Para a construção do Salão já tínhamos quase todas as telhas de brasilit, algumas madeiras e tijolos. Sobra da Festa de ordenação do Pe. Alex e a quantia de 7.200 marcos que o Paulo Kloppenburg pediu aos parentes da Alemanha. Os benfeitores Don Frei BoaVentura Kloppenburg, Maria Westerkamp, August Westerkamp, entre outros. Na ocasião Carlos Macke-presidente, Helmut Koester-vice-presidente, Gerson Hösel-secretário e Lauro Kloppenburg-tesoureiro. Eram festeiros da festa da Pedra Fundamental, realizada em 03/02/1985: Festeiro do churrasco: Helmut Koester; Feiteiro da copa: Carlos Macke; Festeiro dos jogos: Vicente e Teresa Farias; Feiteiras da cozinha: Clara Franck Macke e Astra Koester. A festa e a construção do Salão tinha também uma intenção e ecumenismo e por isso temos o testemunho de Adolfo Hartwig, Selma Hellwig, Bruno Baumbach, Francisco Pichler e Hugo Leitzke. A eles a nossa gratidão e a intenção era de entendimento-integração, que aconteceu com as Oktoberfest realizadas neste salão. Na homenagem póstuma foram homenageados Lourenço Koester, José Macke, Bernardo e Josefina Kloppenburg, José Furich, João e Catarina Furich, Augusto Martim, João de Deus e Iná Oliveira Soares. O Sr. Helmut Koester foi o mestre de obras do Salão de Festas e também da nova Igreja Cristo Rei-Trigolândia. Como falamos em fatois negativos, relatamos, para conhecimento público, a história da Cruz, patrimônio histórico, feita por José Macke e Carlos Baier e símbolo das Missões. O Franciscano Krenzinger  havia perdido uma programação: 1ª Festa do Colono- história que vem a seguir. Primeiro a Cruz. Foi amando de Krenzinger que contratou um tal de Gomercindo Vidart para cortar a cruz das missões-propriedade não só da igreja católica, mas da Trigolândia. O gomercindo estaria embriagado ao cortá-la e se machucou com o serrote, mas após cortada atirou-a no mato. Aconteceu que a ferida infeccionou e não sarava, um amigo deu-lhe em conselho: Para curar a ferida deves ir de joelho do monumento(Clube Concórdia) até a casa do delegado Álvaro Brasil. Daí se descobriu quem cortou e quem mandou cortá-la. Parece lenda mas na Trigolândia foi realidade.

A Festa do Colono
Foi por esta época que o Krenzinger programou realizar a Festa do Colono. Na carroça dele tinha uma frase: Quem for dos nossos pagamos mais pelo milho. No programa de Festas teria uma carroçada do armazém dele até a residência do Sr. Reinaldo Hollatz, como provocação. Sabendo disso a Sociedade União da Capela Escola São Francisco de Assis com 120 sócios combinaram de realizar também a Festa do Colono em contraponto à provocação. Arrecadaram 5 barris de vinho com o comerciante Nocchi e 7 bois com os fazendeiros, entre eles o Xavier Morais da hoje Salvador Jardim. A ordem era: se o Krenzinger realizasse a carroçada era para botar-lhe bala e talvez o início da II Guerra Mundial, tão feia se parou a coisa. Mas o Krenzinger desistiu da festa. Talvez isto seja o motivo de mandar cortar a cruz. Fato-lenda isto foi muito negativo porque todos achavam que foram os evangélicos luteranos que mandaram cortar a cruz e os católicos e luteranos não se davam até a vinda do Pe. Persch.
Em Languiru-Teutônia temos uma comunidade Cristo Rei e uma Comunidade Luterana Martim Lutero e o cemitério de lá é um do lado do outro.

2 comentários:

  1. Eita! só hoje descubro este blog! meus parabéns Lourenço pela iniciativa!

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  2. Que linda e rica história. Importante por relatar a contribuição da família na construção de comunidade fortes na fé.

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